sábado, 30 de julho de 2011

Pontos Auriculares



LÓBULO
1. Ponto Dente
2. Ponto Paladar Inferior
3. Ponto Paladar Superior
4. Ponto Língua
5. Ponto Maxilar Superior
6. Ponto Maxilar Inferior
7. Ponto Neurastenia
8. Ponto Olho
9. Ponto Ouvido Interno
10. Ponto Amigdala 
11. Área da bochecha
12. ATM


ANTITRAGO
 Antitrago face externa

1.Ponto Parótida
2.Ponto Asma
3.Ponto Temporal
4.Ponto Fronte
5.Ponto occipital
6.Ponto Vértex
7.Ponto hipófise
8.Área da vertigem
9.Área de Neurastenia


Antitrago face Interna
10.  Ponto Cérebro
11. Ponto Tálamo
12. Ponto Excitação
13. Área do Subcórtex
14. Ponto Testículo
15. Epilepsia

Auriculoterapia


AURICULOTERAPIA



"A auriculoterapia é uma técnica da acupuntura que utiliza o pavilhão auricular para efetuar ratamentos e restabelecer a saúde, aproveitando o reflexo que a aurícula exerce sobre o sistema nervoso central." (SOUZA, 1994)
"A auriculoterapia, como o próprio nome indica, trata disfunções e promove analgesia através do estímulo em pontos reflexos localizados na orelha externa ou no pavilhão auricular. A orelha é um dos vários microssistemas do corpo humano, assim como as palmas das mãos, as plantas dos pés, o crânio, as regiões laterais da coluna vertebral. De acordo com a Medicina Tradicional Chinesa – MTC – o pavilhão auricular possui mais de 200 pontos para tratamento em sua parte anterior e posterior”. (REICHMANN, 2000)

Histórico
Acredita-se que a auriculoterapia data de aproximadamente cinco mil anos, porém sua raiz é desconhecida. Pode ser da China, da Pérsia ou do Egito.
Sabe-se que os egípcios acalmavam certas dores mediante a estimulação de alguns pontos auriculares.
O desempenho da auriculoterapia se acentuou à partir do terceiro século da nossa era. Em 1572 foi publicada na China, uma obra sobre acupuntura, onde se mencionava as relações entre os meridianos da acupuntura e a orelha, esta considerada como centro de reuniões dos meridianos e onde era mais intensa a relação Meridiano – Órgãos, a partir de então, os estudos sobre a associação de pontos auriculares com a acupuntura sistêmica foram sendo intensificados pelos sábios orientais, surgindo o sistema de diagnóstico por observação do pavilhão auricular; a localização e nomenclatura dos pontos foram introduzidos
gradativamente.
Esses estudos abrangeram um período de tempo de 2900 anos, compreendidos entre o ano de 1200 a.C. até o ano de 1700 da nossa era (COSTA, 2003).
Em 2500 a.C. mulheres no antigo Egito estimulavam determinados pontos auriculares como forma de conseguir um efeito anticoncepcional. (SOUZA, 2001) Escritos de Hipócrates (traduzidos por Litfrée em 1851) falavam que incisões no pavilhão auricular do homem produziam ejaculação escassa, inativa e infecunda. Hipócrates também relatava que os escitas picavam uma veia no dorso auricular para curar impotência masculina (COSTA, 2003).
Em 1572 foi publicada uma obra na China sobre acupuntura, que citava as relações da aurícula com os meridianos de acupuntura. Nessa obra a orelha era considerada como centro de reunião dos meridianos.
No século XVII em 1637, um médico português de nome Zacuto usava cauterizar um ponto do pavilhão auricular, para tratamento e cura da ciatalgia.
Em 1718 médicos franceses cauterizavam determinados pontos para tratar odonto-nevralgias.
Em 1810 Colla de Parma também utilizou a cauterização de determinados pontos no dorso do pavilhão auricular para tratar de ciatalgia.
Em 1890 o francês Dr. Luciano de Bastia usava cauterizar a raiz do anti-hélix
em tratamento de ciatalgia. (SOUZA, 2001)



Paul Nogier
Em meados de 1950 médicos franceses da região de Lyon começaram a receber pacientes com cauterizações no pavilhão auricular. 
Os pacientes diziam-se aliviados de nevralgia ciática graças à cauterização.
Um desses médicos era Paul Nogier, intrigado, começou a fazer em casos análogos, a mesma cauterização que parecia tão eficaz. Seus resultados foram surpreendentes tamanha a sedação, que era quase imediata. O Dr. Nogier questionou-se se o pavilhão auricular poderia estar relacionado com outras partes do organismo, mas seus resultados foram infrutosos por muito tempo.
Estudando as nevralgias ciáticas, Nogier constatou que um bloqueio da quinta vértebra lombar é causadora freqüente dessa patologia. Então ele supôs que a quinta vértebra lombar correspondia ao local da cauterização no pavilhão. Posteriormente, concluiu que o restante da coluna ficava na continuação da anti-hélice.
Paul Nogier provou seu método partindo da coluna vertebral tratando dores em diversos locais do corpo através do estímulode pontos distintos da orelha, provando que a eficácia do método se confirmava de modo geral.
Ele nomeou esse método de Auriculoterapia.


ANATOMIA DA SUPERFÍCIE DO PAVILHÃO AURICULAR





- Hélix – é a parte mais externa do pavilhão auricular.
- Cruz da hélix – uma proeminência horizontal que penetra na cavidade da aurícula.
- Tubérculo da hélix – é uma proeminência na região póstero-superior da hélix.
- Raiz da hélix – local onde o final da hélix se une com o lóbulo.
- Antélix – se encontra no interior e em frente à hélix, bifurcando-se por cima em ramos superior e inferior.
- Fossa triangular – depressão que está localizada entre os ramos superior e inferior da antélix.
- Cavidade escafóidea – é um sulco que se encontra entre a hélice e a antélice.
- Trago – curva proeminente próxima do canal auditivo externo.
- Incisura supratraginosa - é uma depressão formada pela borda superior do trago e
a cruz da hélix.

- Antitrago – pequena proeminência inferior da antélix e defronte ao trago.
- Incisura intertrago – depressão que se encontra entre o trago e o antitrago.
- Cavidade do intertrago – é uma depressão entre o antítrago e a antélix.
- Lóbulo – região mais baixa do pavilhão auricular, carnosa e não cartilaginosa.
- Concha cimba – fica na parte superior da orelha, acima da cruz da hélix.
-Concha cava – Fica na parte inferior da orelha, abaixo da cruz da hélix.
- Orifício do conduto auditivo externo – encontra-se no interior da concha cava; essa parte é coberta pelo trago.

















Relação com o sistema nervoso central

O pavilhão auricular está inervado principalmente por nervos espinhais do plexo cervical, como o nervo auricular maior e o  nervo occipital menor e por nervos cerebrais como o auriculotemporal, facial, glossofaríngeo, ramos do vago e simpático.


A aurícula possui uma inervação abundante e esses nervos quando estimulados, sensibilizam regiões do cérebro. Os pontos presentes na superfície da orelha tem relação direta com determinados pontos do cérebro. Por sua vez esse está  diretamente ligado pela rede do sistema nervoso a determinados órgãos ou regiões do corpo, comandando suas respectivas funções. A aplicação de um estímulo auricular, mesmo sendo débil, acelera uma série de reflexos que provocam reações imediatas ou demoradas, temporárias ou permanentes, passageiras ou definitivas, todas elas de natureza terapêutica.

O efeito é imediato. O estímulo leva o cérebro a agir sobre todos os órgãos, membros e suas funções, equilibrando e harmonizando o organismo, provocando assim a eliminação dos males que o afligem. Tendo em vista a relação aurícula-cérebro-órgão, a auriculoterapia torna-se um eficaz recurso terapêutico para tratar as mais diversas enfermidades (SOUZA, 2001).


Teoria do feto


 


No final dos anos 50, o médico francês Paul Nogier, especialista em auriculoterapia, desenvolveu um sistema de diagnóstico que relaciona as regiões da orelha com anatomia do feto (BONTEMPO, 1999).
A distribuição dos pontos auriculares correspondentes às diferentes partes do corpo é  semelhante a um feto que esteja colocado de cabeça para baixo.
Geralmente, os pontos correspondentes à cabeça e rosto estão localizados nos lóbulos; os pontos correspondentes às extremidades superiores encontra-se na  cavidade escafóidea; os pontos correspondentes ao tronco e às extremidades inferiores estão distribuídos na antélice. Os pontos correspondentes aos órgãos internos estão concentrados na concha cimba e na concha cava (CHONGHUO, 1993).